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sexta-feira, 28 de maio de 2010

♦ Fadinhas tem mesmo?

Há cerca de uns 8 anos, substituindo uma professora da educação infantil que adoeceu (eu estava de bobeira na escola, arrumando uns murais), fui contar histórias de fadas para crianças do segundo período (jardim 2). Usei o que tinha no estojo como personagem (caneta rosa era princesa, tesoura era dragão, borracha era fada...) e fui inventando o conto de acordo com a reação dos pimpolhos - adoro contar histórias para pequenos.
No intervalo das aulas, entre lancheiras e ruídos de balanço, duas pequenas vieram muito tímidas me perguntar: “tia... fadinhas tem mesmo?” (querendo saber se elas realmente existiam). Nessa escola alguns dos pais eram extremistas em crenças (era uma escola para filhos de diplomatas – muitas culturas, idiomas e preconceitos misturados), e como não eram minhas alunas, não sabia quem eram os pais e o que pensariam se eu dissesse que fadas existem. Por outro lado, seria um crime matar a imaginação das meninas e fechar portas assim. Saia justa, não?

Nesse dia disse para elas o que tem sido minha resposta sobre tudo que reside nos imaginários infantis quando os pequenos me questionam:
- Olha, eu nunca vi uma fada... mas também nunca vi o Japão. E o Japão eu sei que existe.
As duas se afastaram com suas meias coloridíssimas discutindo se elas achavam ou não que “fada tem mesmo”. Passei a responder isso sobre papai noel, coelho da páscoa, bruxa, alienigenas... Lembro quendo respondi isso para Raquel sobre Rodolfo - a rena do nariz vermelho. Ela parou uns segundos e soltou: "é... acho que sim... se não, como o papai noel ia conseguir voar no escuro?!"

E você, acredita? Já viu? =)
Enquanto se decide que tal bater palmas para que estas fadinhas ganhem suas asas?

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